A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 30, a bandeira tarifária vermelha patamar 1 para o mês de junho. Isso significa que haverá uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos.
A decisão foi tomada devido ao cenário de afluências abaixo da média para as hidrelétricas em todo o País, o que reduziu a geração dessas fontes em relação ao mês anterior. Como resultado, os custos de geração aumentaram devido à necessidade de acionamento de fontes de energia mais onerosas, como as usinas termoelétricas.
A arrecadação via bandeira tarifária é usada para pagar os custos adicionais. Desde fevereiro, as expectativas de chuva vêm piorando, o que aumentou o risco hidrológico (GSF) e levou ao acionamento da bandeira mais cara.
Até dezembro, a bandeira tarifária estava verde, graças às condições favoráveis de geração de energia no período chuvoso. No entanto, a previsão de geração de energia proveniente de hidrelétricas piorou, e a Aneel acionou a bandeira amarela para maio.
De acordo com Lucas Paiva, engenheiro elétrico e sócio-fundador da Lead Energy, as chuvas abaixo da média histórica no outono e inverno, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentram cerca de 70% da capacidade de armazenamento de água do país, contribuíram para a decisão. Além disso, os níveis de armazenamento devem cair de 69% em abril para 55% até outubro, de acordo com relatório da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Agência Estado / CMC Online
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